quarta-feira, 17 de março de 2010

Me vira de ponta cabeça

Você brinca com a minha imaginação, me deixa louca com mensagens trocadas.
Você sabe que eu não posso, tem consciência disso.
E o pior, você tem noção do quanto mexe comigo e é por isso que anda rondando.
Passei outro dia por perto da onde você anda morando, só de pensar que eu poderia te encontrar por ali, meu coração disparou, e foi a mil por hora assim que saltei do ônibus
Te procurei nos olhos das pessoas que estavam pela praça, mas você infelizmente não era nenhum deles. Se você sabe que eu não posso, porque insiste em me tentar? Em me ligar e mandar mensagens e fazer convites irrecusáveis? Só de ver que é você, meu coração dispara, entro em frenesi total, a ponto de ter que me jogar na cama porque não consigo fica em pé ou sentada.
Queria sentir você dentro de mim, te beijar e sentir sua barba roçando pelo meu pescoço.
Sonhei com você na noite passada, nos encontrávamos na rua por acaso no momento exato que caia uma tempestade terrível, aquelas que estão se tornando rotina na cidade maravilhosa. Não sei o porque mas aceito por impulso o convite de ir pra sua casa. Você passa no bar da rua ao lado, e compra cervejas. Chegamos na sua casa ensopados, você vai entrando, tirando as roupas molhadas e colocando as cervejas na geladeira. Liga o som, e me puxa para o seu quarto. Eu não tenho nenhuma reação a nenhuma das suas ações. Eu fico queta, te olhando como uma criança. Do seu lado eu me sinto criança, me sinto boba.
Você me olha e fala pra eu trocar de roupa, e me entrega uma camiseta. Eu te pergunto se isso não é clichê demais pra você me ver nua. Você ri da minha cara enquanto eu vou tirando minhas roupas molhadas. Fico completamente nua, na sua frente você começa a me abraçar, beijar...
Pouparei os detalhes ao leitor, não sou uma pessoa que gosta de ficar contando sobre façanhas sexuais, mas digamos que as 4h seguintes são de frenesi total e depois disso, os dois artistas principais caem no sono, até um de seus celulares tocarem. Eu me levanto e atendo o celular, enquanto você desliga o seu. Quando desligo, você me pergunta quem é e eu te faço aquela cara de ‘ você sabe muito bem quem é’ e desligo meu celular.
Passamos dois dias dentro do seu apartamento, alienados do mundo.
Só eu e você, comida japonesa, meus textos, suas músicas, cigarros e bebidas.
Te falei que pra mim a vida poderia ser assim pra sempre e você concordou, mas completei falando que precisava ir embora. Que eu tinha uma vida, pessoas me procurando e o mais importante de tudo, tinha que terminar coisas que ficaram pendentes.
Você me deixou ir embora com a condição que eu voltasse e eu te deixei meu coração e meus sonhos como garantia de minha volta.

O que eu estou tentando dizer com esse sonho?
Eu te desejo, eu te quero. Mas eu me sinto criança do seu lado, fico sem ação.
E sabe, por mais que andemos nos desencontrando ultimamente, quem sabe um dia não nos encontramos por acaso no meio da chuva, assim bem clichê, os dois moderninhos