quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cada vez mais louca, Lisbela anda pela cidade, alucinada já não consegue entender o que anda fazendo. Totalmente sem rumo, percorre ruas e mais ruas a procura de algo que não sabe muito bem o que é. Vira cada esquina como se fosse encontrar a resposta para a vida ou ao menos achar algo que a faça sobreviver até o próximo dia.
Cada vez mais louca, Lisbela agora só se sente protegida ao lado dele. Como se aquele menino de corpo magro e traços de homem a pudesse salvar do mundo. Quando não está por perto, ela sente seu mundo desabar, como se ele fosse o prego, aonde o balão ela mesma está presa. E se o prego desaparecer, ela voa... Não que ela tenha medo de voar, mas sim de desaparecer.
Cada vez mais louca, Lisbela só se sente a vontade com poucos amigos. Não tem paciência para mais ninguém. Só aqueles bem íntimos mesmo, os seus companheiros de mil anos. Lisbela faz uso de ironia e deboche para tentar se salvar das conversas chatas, imaturas e sem noção das pessoas. Ela anda se perguntando o que esta acontecendo com o mundo, com as pessoas, com o tempo? Cadê meu tempo? - se pergunta.
Os dias estão passando rápido demais e ela mal os percebe.
Cada vez mais louca, Lisbela tem vontade de sumir e se dar por desaparecida. Carregar alguns livros e mudas de roupas e sua máquina e sumir para algum lugar distante e paradisíaco.

Cada vez mais louca, Lisbela cansa da vida e se deita depois de outro curto e cansativo dia.

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