quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Cada vez mais louca, Lisbela agora só se sente protegida ao lado dele. Como se aquele menino de corpo magro e traços de homem a pudesse salvar do mundo. Quando não está por perto, ela sente seu mundo desabar, como se ele fosse o prego, aonde o balão ela mesma está presa. E se o prego desaparecer, ela voa... Não que ela tenha medo de voar, mas sim de desaparecer.
Cada vez mais louca, Lisbela só se sente a vontade com poucos amigos. Não tem paciência para mais ninguém. Só aqueles bem íntimos mesmo, os seus companheiros de mil anos. Lisbela faz uso de ironia e deboche para tentar se salvar das conversas chatas, imaturas e sem noção das pessoas. Ela anda se perguntando o que esta acontecendo com o mundo, com as pessoas, com o tempo? Cadê meu tempo? - se pergunta.
Os dias estão passando rápido demais e ela mal os percebe.
Cada vez mais louca, Lisbela tem vontade de sumir e se dar por desaparecida. Carregar alguns livros e mudas de roupas e sua máquina e sumir para algum lugar distante e paradisíaco.
Cada vez mais louca, Lisbela cansa da vida e se deita depois de outro curto e cansativo dia.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Mineira do Coração Baiano
Mas eu não tenho coragem nem de pegar o telefone e perguntar como você está. Apenas duas palavras que você proferisse me tirariam essa insônia. É mais fácil pegar o papel e a caneta e me perder escrevendo cinco mil delas a tentar me encontrar com apenas duas advindas dos seus lábios cheios de batom vermelho.
She Wants Revenge - Hundred Kisses
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Fazia tempo que não saímos todas assim decididas a beber e a nos divertir.
Ponto de partida como sempre minha casa. As meninas começam a chegar e a arrumação começa. Maquiagem, vestidos, uma bebidinha aqui, um pulo na cozinha ali porque beber com estômago vazio não da muito certo.
Meia-noite toca e esta na hora de sair. Lapa é o destino de sempre. Vamos caminhando pela rua, parando em algum lugar porque fulana encontrou com ciclano e coisa e talz. E alguém pergunta : ''E então, vamos parar num lugar pra beber ou vamos dançar?''. Barzinho para beber a caipirinha de sempre, eu começo a falar que faz séculos que eu não venho na Lapa e que o Choque de Ordem é uma merda e que o Eduardo Paes tem que é tomar no cu dele porque isso tá um absurdo, fecharam a barraquinha de caipirinha da moça simpática do Odisséia, assim não da. E como eu fico sem meu drink de sempre, o ecstasy? Mas enfim, agora pelo menos eu posso atender celular no meio da rua se ser roubada nê? Se bem que, o celular ta tão acabado que ninguém vai querer.
Me sinto em casa no meio delas, rindo como uma louca e falando mal descontrolada mente sobre todas as ex companheiras de turma. Por um momento distancio meu olhar e ouvidos da conversa e reparo em minha volta, meus olhos percorrem as mesas ao lado quando de repente uma mistura de Jim Morrisson com MGMT vem caminhando em minha direção. Meus olhos brilham e meu único pensamento é: que puta barba linda, vai tomar no cu e ser lindo assim lá na minha cama. Ele me olha e sorri, eu morro.
Sorriso de canalha com covinhas, estou no céu
Minha amiga logo repara no meu olhar afinal, ela me conhece melhor que eu mesma.
O conselho: Se controla que você agora tem namorado.
Meu mundo desaba, agora eu tenho namorado. Lisbela se controla.
Sorrio com ar de tristeza para o menino e em seguida pego meu celular e faço uma ligação.
Quando atendem a primeira coisa que eu falo: '' Mô eu te amo, to com saudade. Aonde você ta? ''.
sábado, 31 de julho de 2010
Sobre a Lisbela e seu eu verdadeiro
Ultimamente devo dizer que sim, Lisbela ou eu, quem você preferir, andamos meio mortinhas e apagadas. Ficamos cansadas de toda essa vida agitada, bebedeiras, pessoas estranhas, lugares escondidos. Encontramos um alguém que conseguiu acalmar todas as nossas inquietudes e aflições.
E apesar de existência de dias aonde a vontade de sair correndo e de se entregar nos braços de outro só por uma noite ou duas, seja muito forte, acredito que o que tenho, por enquanto me basta. E pouco importam as ligações, mensagens e textos bonitos sobre exalar tesão, barbas e membros pulsantes.
O que importa é o que você escolheu pra viver agora, e a Lisbela já escolheu seu caminho...
Talvez ser amada todos os dias seja o que todos realmente precisem em algum momento de suas vidas. E com relação a Lisbela e ao meu verdadeiro eu, só devo dizer que somos a mesma pessoa, uma menina mulher como qualquer outra. Meio louca, impulsiva, com tesão exalando e um desejo de poder controlar o mundo todo ou pelo menos o mundo que esta a sua volta. Lisbela, a personificação de qualquer inquietude dessas meninas mulheres...
domingo, 6 de junho de 2010
Ao mesmo tempo
terça-feira, 4 de maio de 2010
Então ele me leva com ar de bondade, fecha a cortina e a porta, deixando poucos vestígios de luz; anda até a mim e abre a outra porta, em meio a pancadas e sua mão segurando fortemente os portões. Entra sem pudores, junto a orgãos palatórios - que fazem uma dança distante, imoral e francesa - e táteis
E me imobilizo com você em meio as minhas pernas, te prendo, te sugo, te cravo com garras, rabisco nas suas costas um arco-íris vermelho, vários!
Você vai encontrando dentro de mim o norte e o sul, por vezes o leste e o oeste, e sorri, e me beija, e espreme os olhinhos junto ao silêncio dos seus lábios mudos que tento decifrar como prólogo do êxtase. Vai me mutabilizando dentre posições afora
E no topo da montanha, na maior altitude, onde se reflete o mundo na poça fria, de moléculas quase que imóveis, fomos descendo com o calor das moléculas que se bateram, hiperativas, como um vulcão que derramou sobre meu tronco sua lava após a erupção, quente, que se contraiu e agora a deixou, cheia de saudades e com a porta arrombada.
Volta.
Por Bárbara Lima Machado.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Mas caminhei sozinha, tropeçando nas minhas próprias pernas muitas vezes
doloridas.
Dor era a palavra daqueles dias que só consegui percorrer com muita anestesia.
Andei levando porradas da vida até encontrar um aconchegado por aqui e outros por lá.
Fiquei muito tempo sozinha tentando entender o que havia se passado,
e acabei percebendo que nada poderia entender.
Neste jogo não existem regras, receitas de bolos, ajuda dos universitários ou coisas parecidas...
Vamos rir, querer morrer, arrancar os cabelos, fazer loucuras, fumar 400 cigarros, beber 600 copos de vodka, vamos exalar tesão e chorar.
Só fico aqui a me perguntar uma coisa,
você já sentiu o amor?
quarta-feira, 17 de março de 2010
Me vira de ponta cabeça
Você brinca com a minha imaginação, me deixa louca com mensagens trocadas.
Você sabe que eu não posso, tem consciência disso.
E o pior, você tem noção do quanto mexe comigo e é por isso que anda rondando.
Passei outro dia por perto da onde você anda morando, só de pensar que eu poderia te encontrar por ali, meu coração disparou, e foi a mil por hora assim que saltei do ônibus
Te procurei nos olhos das pessoas que estavam pela praça, mas você infelizmente não era nenhum deles. Se você sabe que eu não posso, porque insiste em me tentar? Em me ligar e mandar mensagens e fazer convites irrecusáveis? Só de ver que é você, meu coração dispara, entro em frenesi total, a ponto de ter que me jogar na cama porque não consigo fica em pé ou sentada.
Queria sentir você dentro de mim, te beijar e sentir sua barba roçando pelo meu pescoço.
Sonhei com você na noite passada, nos encontrávamos na rua por acaso no momento exato que caia uma tempestade terrível, aquelas que estão se tornando rotina na cidade maravilhosa. Não sei o porque mas aceito por impulso o convite de ir pra sua casa. Você passa no bar da rua ao lado, e compra cervejas. Chegamos na sua casa ensopados, você vai entrando, tirando as roupas molhadas e colocando as cervejas na geladeira. Liga o som, e me puxa para o seu quarto. Eu não tenho nenhuma reação a nenhuma das suas ações. Eu fico queta, te olhando como uma criança. Do seu lado eu me sinto criança, me sinto boba.
Você me olha e fala pra eu trocar de roupa, e me entrega uma camiseta. Eu te pergunto se isso não é clichê demais pra você me ver nua. Você ri da minha cara enquanto eu vou tirando minhas roupas molhadas. Fico completamente nua, na sua frente você começa a me abraçar, beijar...
Pouparei os detalhes ao leitor, não sou uma pessoa que gosta de ficar contando sobre façanhas sexuais, mas digamos que as 4h seguintes são de frenesi total e depois disso, os dois artistas principais caem no sono, até um de seus celulares tocarem. Eu me levanto e atendo o celular, enquanto você desliga o seu. Quando desligo, você me pergunta quem é e eu te faço aquela cara de ‘ você sabe muito bem quem é’ e desligo meu celular.
Passamos dois dias dentro do seu apartamento, alienados do mundo.
Só eu e você, comida japonesa, meus textos, suas músicas, cigarros e bebidas.
Te falei que pra mim a vida poderia ser assim pra sempre e você concordou, mas completei falando que precisava ir embora. Que eu tinha uma vida, pessoas me procurando e o mais importante de tudo, tinha que terminar coisas que ficaram pendentes.
Você me deixou ir embora com a condição que eu voltasse e eu te deixei meu coração e meus sonhos como garantia de minha volta.
O que eu estou tentando dizer com esse sonho?
Eu te desejo, eu te quero. Mas eu me sinto criança do seu lado, fico sem ação.
E sabe, por mais que andemos nos desencontrando ultimamente, quem sabe um dia não nos encontramos por acaso no meio da chuva, assim bem clichê, os dois moderninhos
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Aposto um beijo que você quer...
Só sei que adoro ficar deitada do seu lado sendo abraçada sem fazer nada, e adoro sua cara de bobo, seu cabelo bagunçado, seus amigos palhaços, as conversas que me deixam frustrada, suas desculpas esfarrapadas e principalmente a ''faz parte do meu estilo'', suas caretas, ficar com você, etc .
Eu poderia chamar de amor isso que eu estou sentindo só pra soar mais poético,
mas vou usar o pouco da racionalidade que me resta para que o tombo não seja fatal mais tarde e só dizer, que quem sabe você não me ganhou com o seu jeito de menino?
Te adoro
;*
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Fala que esta com saudades e que conta as horas pra me ver.
Diz que não importa o que aconteça que vai sempre gostar de mim e que eu vou ser sempre sua pequena. Desliga o celular que hoje não estamos para ninguém, esquece da fila do cinema, da praia lotada e deixa o verão pra mais tarde. Liga o DVD ou coloca um som de fundo que hoje nos vamos ficar deitados no sofá da sua casa, colocando a conversa em dia, contando das nossas verdades e omitindo muitas outras.
Volta de viagem me chamando de pequena e me dando um abraço,
seu cafune ta fazendo falta,
volta pro meu lado.